terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mundo de Sofia

Maldito foi o dia
que entre um clarão
e uma forte escuridão.
Li, do meu primeiro livro
sua primeira linha.

Péssima decisão!
Me fez pensar,
confrontar,
enxergar além
de minha própria
máscara.

Se eu soubesse
que puto dia foi este
em todos seus aniversários
me vestiria de luto.

Afinal, sentar
em frente a tudo,
sempre foi a escolha de todos.
E quem sou eu pra
mudar o mundo??

Sofia, teu mundo
não passa de ilusão,
filosofia.
Não quero que o meu
não passe de sonho,
teoria, ideologia...

Será preciso sacrificar
minha felicidade
por querer e buscar
o bem?


Ironia: expressão ou gesto que dá a entender, em determinado contexto, o contrário ou algo diferente do que significa. Sempre fui irônico. Este poema nada mais é que uma ironia, pois oque quero dizer não cabe em versos. Mal cabe nas palavras. Eu sempre usei metáforas e comparações, além de tentar deixar tudo claro. Mas o que vivo as vezes me pede pra nada fazer, e deixar o mundo ser guiado por qualquer coisa que seja, boa ou má. Contrapondo tudo isto está minha consciência, as minhas idéias, tudo oque aprendi nos livros e nas conversas com as boas pessoas que me envolvem. Será que precisarei fazer uma reformulação em tudo oque penso e ser mais um entre todos? Ou devo ser eu mesmo mas pagando um preço muito alto por isto? Me vejo entre uma fogueira, na qual meus livros, meus cadernos de poemas, meus textos e até uma parte de mim está prestes a ser jogada e entre um lago negro e frio onde eu me vejo prestes a cair nú, tendo que nadar até seu outro lado. No céu, nada vejo. Venha me salvar?! Venha voando, podemos pegar tudo oque a nós pertence e voar. Se alguma coisa nos encher o saco, de lá podemos jogar ao chão. Mas venha...









Buraco Negro

Nunca entendi
um buraco negro
como o ar se move
nem os limites do universo.

Não quero saber
porque lagrimas são salgadas
nem porque
o fim do mundo
é tao perto daqui.

Não sei o porque
do inverno da alma
nem a existência
de correntes
que amarram os pés.

Sei muito pouco
ou quase nada.
E sinceramente
gostaria de não pensar
em nada disto.
As vezes.


Têm dias e situações que nos fazem pensar que seria 
muito bom em nada pensar. As vezes, tudo o que eu
gostaria era me deixar levar, pra onde quer que qualquer
vento sopre. Pensar é uma arma, que pode ser destrutiva ou
auto-destrutiva. Mas o que é melhor (ou menos pior?)
pensar e buscar respostas pra tudo ou se fechar frente
ao que nos confronta e não sair da nossa 'zona de conforto'?
Pago um preço muito auto por querer sempre ter as respostas. 


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quebra-Cabeças

Tenho medo
que meus medos
sejam reais.
Ao invés de loucas
alucinações de um sono
quase chegando.

Não sou um
quebra-cabeças!
Mas queria ser.
Ou em mil pedaços
ao menos, me fazer.

Não tenho medo do mundo
nem do muro que pode
estar entre nós.
Sempre fui o senhor de mim
e quem sopra os ventos
que batem em minhas velas,

Mas,

Batem à minha velas
todo o tipo de vento.
Passam em minha rua
os carros mais coloridos.
[e os cinzas também]
Em minha mente,
há os medos mais
amedrontadores.

sábado, 6 de agosto de 2011

Moinhos de Papel

E quando o papel
não aceitar
toda e qualquer
coisa?

E se o espelho
teimar em não refletir
a cara que frente a ele se
coloca?

E se na mesma cena,
estrada, segundo
todas as idéias
ou todos os vazios
se encontrarem?

Saiba,
que os moinhos de vento
não são monstros.

Eles mal existem
mal são de papel.
Nem entre
terra e céu,
mal e bem
São maiores
que a menor das força
que sei que tens!


Nada pode/deve ser maior que o autocontrole, que a mente livre,
que a liberdade de se pensar ,fazer, querer, viver da forma que
se quiser. Tendo como unica necessidade oque realmente 
se faz necessário. Sem máscaras nem monstros que deveras são 
menores que um grão de areia ou menores que o existente.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roda Gigante

As mesma ruas
os mesmos lugares
estórias iguais,
piadas sem graça.

O mesmo outdoor
com a mesma propaganda
em cores diferentes.

A mesma vida
Os mesmos sorrisos
que mostram
dentes diferentes.

A mesma alegria
em outra estação
A mesma poesia.
Roda Gigante!