sexta-feira, 25 de abril de 2014

Pra alguém como eu
De fala fácil
Simples sempre foi
Falar de mim mesmo
Vomitei nos mais distintos colos
tudo o que tem aqui dentro.

De fala fácil
Abri meu peito
De peito aberto
Abri minha mente
De mente aberta
Lutei contra mim mesmo
Rompido comigo mesmo
me refiz.

Uma rolha mal posta
Que permite o oxigênio entrar
Fez o tempo oxidar minha liberdade
Oxidou-se minha esperança
Ainda falo fácil
Mas se libertam singelas palavras tolas

Como um curinga num baralho
Sem número nem naipe
Como um estrangeiro num país estranho
Sem dicionário nem mapa
Em uma casa vazia
Numa cidade com as estradas fechadas
Não encontro ouvidos pra mim mesmo
Os gritos silenciam-se