terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vazio

Tantas imagens
Sons e pensamentos
Embaralhando os olhos
que nada vêem.

Tantos mundos
sonhos, estradas
Vozes
Que nada me dizem
Nem um sinal
Nenhuma direção.
Nenhum abraço

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ampulheta

Viro a ampulheta
e brincando comigo
Teima em não cair
a areia.

Por vezes
cai tão depressa
E não vejo 
oque Ela impressa 
em seus olhos
cor de mel

Inconstantemente
a areia para, tranca
Como se as âmbulas
estivessem obstruídas.
Por um olhar, 
por um segundo
Por uma visão
por um milhão.

E então
Eu corro ou ando
ao sabor dos sentidos
percepção.
Acelero ou freio

Com minhas
Ampulhetas e clepsidras
Água e Areia.
Números e ponteiros
Sombras e Sois
Carregadas,
Guardadas em meus bolsos
A qualquer tempo
A qualquer velocidade!

sábado, 5 de novembro de 2011

Cavas

Som,
Cor
Cheiro,
Delicadeza
Amor,
Admiração
Simplicidade,
Leveza,
Humanidade
[...]
Não deveriam,
Em brancas
folhas de papel
ou arquivos
TEXISTE
Ser apenas
devaneios
Ou palavras
cavas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Fechar de olhos

Não sei se vale a pena
gastar a ponta do meu lápis
escrevendo o que
penso as vezes.


Sentimento estranho,
indescritível.
Fragilidade e força,
juntos, 
no mesmo batimento.

Direto,
não queria sempre ser.
Mas em minha testa
está sempre pintado
o que deveria esconder.

Me pego as vezes
com medo disto,
e do mundo e de tudo.
Medo da próxima palavra,
da próxima ponta de lápis
do próximo abismo,
do próximo fechar de olhos...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pinta

Pintou um pinta,
com uma pinta incrível
pintando sua vida
com cores mais vivas
e humanas

Pintando um mundo
com otimismo
Oferecendo a mão
e o braço também.
Salvação.

Ei pinta,
pintamos mesmas idéias
ideais e otimismo.
Afinal, nada é assim
tão ruim.

Então, pinta
pegue a sua mina
que pego a minha
Nossos ouros
e diamantes
Pra pintarmos
um mundo mais feliz.
e Humano!!


Levo de Porto Alegre um coração mais alegre e mais 
esperançoso, que ainda crê que um mundo melhor se constrói
com pequenas ações. Ampliando meus horizontes, tenho cada
vez mais certeza que tenho muito (quase tudo) do que preciso 
pra ser feliz, talvez precise retirar algumas vírgulas e vícios [de
linguagem ou não] pra alcançar tudo oque sempre sonhei. Mas
o caminho já está trilhado!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ao Fim de Tudo

Não quero perceber
no leito de minha morte
que não vivi
entre todos meu dias
um minuto sequer.

Dos teus olhos
quero levar o afago
Deixar as lágrimas
e a fumaça que
turva nosso caminho.

Na minha estante
quero deixar as imagens
e símbolos de tudo
oque acredito.
Pra que talvez alguém
mais ou menos louco
continue...

Meus sonhos
que se transformem
em objetivos
Meu otimismo
em realidade.

E no fim de tudo,
que exista um sorriso
e que como um pote de ouro
no fim do arco-íris,
eu encontre-o
pra carregar comigo
como o maior dos tesouros.


Quando escolhi o título eu pensei, mas existe fim de tudo? 
Existe fim? Será que quando eu morrer será o fim? O meu fim,
é evidente, mas eu sou tão importante assim pra afirmar que
quando EU morrer será o fim de tudo? Acredito que eu tenho 
uma fórmula da eternidade, mas ela não depende apenas de
mim...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mundo de Sofia

Maldito foi o dia
que entre um clarão
e uma forte escuridão.
Li, do meu primeiro livro
sua primeira linha.

Péssima decisão!
Me fez pensar,
confrontar,
enxergar além
de minha própria
máscara.

Se eu soubesse
que puto dia foi este
em todos seus aniversários
me vestiria de luto.

Afinal, sentar
em frente a tudo,
sempre foi a escolha de todos.
E quem sou eu pra
mudar o mundo??

Sofia, teu mundo
não passa de ilusão,
filosofia.
Não quero que o meu
não passe de sonho,
teoria, ideologia...

Será preciso sacrificar
minha felicidade
por querer e buscar
o bem?


Ironia: expressão ou gesto que dá a entender, em determinado contexto, o contrário ou algo diferente do que significa. Sempre fui irônico. Este poema nada mais é que uma ironia, pois oque quero dizer não cabe em versos. Mal cabe nas palavras. Eu sempre usei metáforas e comparações, além de tentar deixar tudo claro. Mas o que vivo as vezes me pede pra nada fazer, e deixar o mundo ser guiado por qualquer coisa que seja, boa ou má. Contrapondo tudo isto está minha consciência, as minhas idéias, tudo oque aprendi nos livros e nas conversas com as boas pessoas que me envolvem. Será que precisarei fazer uma reformulação em tudo oque penso e ser mais um entre todos? Ou devo ser eu mesmo mas pagando um preço muito alto por isto? Me vejo entre uma fogueira, na qual meus livros, meus cadernos de poemas, meus textos e até uma parte de mim está prestes a ser jogada e entre um lago negro e frio onde eu me vejo prestes a cair nú, tendo que nadar até seu outro lado. No céu, nada vejo. Venha me salvar?! Venha voando, podemos pegar tudo oque a nós pertence e voar. Se alguma coisa nos encher o saco, de lá podemos jogar ao chão. Mas venha...









Buraco Negro

Nunca entendi
um buraco negro
como o ar se move
nem os limites do universo.

Não quero saber
porque lagrimas são salgadas
nem porque
o fim do mundo
é tao perto daqui.

Não sei o porque
do inverno da alma
nem a existência
de correntes
que amarram os pés.

Sei muito pouco
ou quase nada.
E sinceramente
gostaria de não pensar
em nada disto.
As vezes.


Têm dias e situações que nos fazem pensar que seria 
muito bom em nada pensar. As vezes, tudo o que eu
gostaria era me deixar levar, pra onde quer que qualquer
vento sopre. Pensar é uma arma, que pode ser destrutiva ou
auto-destrutiva. Mas o que é melhor (ou menos pior?)
pensar e buscar respostas pra tudo ou se fechar frente
ao que nos confronta e não sair da nossa 'zona de conforto'?
Pago um preço muito auto por querer sempre ter as respostas. 


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quebra-Cabeças

Tenho medo
que meus medos
sejam reais.
Ao invés de loucas
alucinações de um sono
quase chegando.

Não sou um
quebra-cabeças!
Mas queria ser.
Ou em mil pedaços
ao menos, me fazer.

Não tenho medo do mundo
nem do muro que pode
estar entre nós.
Sempre fui o senhor de mim
e quem sopra os ventos
que batem em minhas velas,

Mas,

Batem à minha velas
todo o tipo de vento.
Passam em minha rua
os carros mais coloridos.
[e os cinzas também]
Em minha mente,
há os medos mais
amedrontadores.

sábado, 6 de agosto de 2011

Moinhos de Papel

E quando o papel
não aceitar
toda e qualquer
coisa?

E se o espelho
teimar em não refletir
a cara que frente a ele se
coloca?

E se na mesma cena,
estrada, segundo
todas as idéias
ou todos os vazios
se encontrarem?

Saiba,
que os moinhos de vento
não são monstros.

Eles mal existem
mal são de papel.
Nem entre
terra e céu,
mal e bem
São maiores
que a menor das força
que sei que tens!


Nada pode/deve ser maior que o autocontrole, que a mente livre,
que a liberdade de se pensar ,fazer, querer, viver da forma que
se quiser. Tendo como unica necessidade oque realmente 
se faz necessário. Sem máscaras nem monstros que deveras são 
menores que um grão de areia ou menores que o existente.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roda Gigante

As mesma ruas
os mesmos lugares
estórias iguais,
piadas sem graça.

O mesmo outdoor
com a mesma propaganda
em cores diferentes.

A mesma vida
Os mesmos sorrisos
que mostram
dentes diferentes.

A mesma alegria
em outra estação
A mesma poesia.
Roda Gigante!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Turbilhão

A noite chega
e o mundo para
Em meu quarto vago,
perdido entre lençois
Assito a tudo que passa
sem nada enxergar.

Enquanto tudo é cor
a névoa se mostra mais cinza
o céu mais turvo
a lua menos nítida
o escuro mais negro.

A faca numa mão
o afago noutra.
O relogio num pulso
em outro a algema.
Esperança nas palavras,
descrença nas lágrimas.
Uma passagem sob a mesa
E na cabeça, tudo!
Menos o destino.

O medo corroendo.
A fragilidade
expondo a carne.
A vida frente ao destino.
Uma cartada, um tiro.
Penalidade máxima!
Ultimo lance,
Golpe final.

domingo, 17 de julho de 2011

Angústia

A mesma moeda
com seus dois lados.
O mesmo segundo
com seus incontáveis
mundos.

Do céu ao inferno
em uma palavra.
A clareza
se embaça
em um suspiro.

Amor e ódio
se abraçam,
fundem-se.
Tornam-se iguais

Amo-te.
Odeio-te.
Ao mesmo tempo,
ao mesmo instante!

Como as duas
partes do yin-yang
Completamo-nos.
Ou com ódio
Ou com amor.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Catarina

Queria todos
os meus amigos
Todas as suas
ideias e os seus sorrisos
Do meu lado agora.

Junto com eles
gostaria de ver um filme
Onde nossas vidas
seria o tema
de cada cena.

Depois disto
eu ligaria um som
que de tão alto
toda a cidade
cantaria a nossa existência.

O mundo todo
neste momento
eu queria tocar.
E experimentar
o sabor de tudo.

Queria entorpecer
meus sentidos com
tudo oque possam me servir.
Pra que ao menos
em um segundo
eu não pense
no mistério de existir.


Só temos uma certeza na vida, a morte. E é certo que o conflito desta certeza
com a racionalidade é algo destruidor e inexplicável. A morte é algo simples,
direto e inevitável. Mas ao mesmo tempo é a coisa mais complexa, sinuosa
e apavorante que existe. Conviver com ela remete a um vazio tão louco 
que só a porra do tempo completa. A minha existência é praticamente toda
direcionada a entender e respeitar o tempo,  mas as vezes da vontade de
mandar tudo ao espaço, quebrar todos os relógios e viver em um mundo
irreal. Pois é muito mais fácil conviver com ideias do que com a vida que 
está aqui do lado do meu noteboock me esperando pra me espancar com
suas perguntas e medos! 

Neblina

Não é possível
Que as pessoas
Não saibam o caminho.
Porque não segui-lo então?
Medo? Impotência?
Falta de inteligência?
Olhos vendados?
Cabresto? 

Isto,
dificilmente 
algo explique.

Escrito com as vistas embaraçadas pela neblina de uma fumaça
densa, que sempre existiu, e que continua espalhando seu cheiro
de morte.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Anti-Herói

Não toco violão
Nem canto
serenatas
em sua janela.

Formulo teorias pífias
sem sentido
que se perdem
ao ultrapassarem
a porta de meu quarto.

Não penso
no futuro do mundo.
Nem em muda-lo
em um segundo.

Nada de sonetos métricos,
nem rimas perfeitas.
Nada de lutas e revoluções
Apenas lutas internas.

Não sou o dono do mundo
Mal sou o dono de mim
Não tenho as respostas
Mal tenho
um sorriso e um sim.

sábado, 18 de junho de 2011

Pequenas linhas


Já tem um tempo,
nossos sentimentos
se concretizaram.
Fazem muitos dias 
que os nossos olhos
sabem onde descansar.

Até as palavras, 
que por vezes
se mostraram 
desnecessárias, 
apareceram para
contemplar
nossas maos dadas

Regular o tempo
já não importa.
Se foi ontem, 
se será até amanhã.
Se o amanhã
realmente existirá.

Foi-se embora 
as angustias,
as falsas certezas,
os desalentos...
O presente 
está eternizado, 
o sorriso 
está marcado.

Mesmo distante
há o cheiro da alegria,
ainda fresca, 
recém aspirada.

Pequenas linhas
descritas, abstratas..
Cheias de amor, 
inerentes ao anseio
Na verdade 
agora apresentada.


sem mais...


rabiscado em parceria com C.A.B.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Todas as palavras, Todos os minutos.

Procuro sua voz
em meio a gritaria
Busco seu olhar
no caos de gente
louca e alienada.

E então
nossos dias estão
chegando ao fim?
Nosso prazo de
validade está expirando?

Nada com ser eterno
no presente segundo.
Todas as palavras,
todas os minutos
estão gravados.

Passe o mundo,
e que voe tudo.
Entre todas as vozes
de todas as pessoas,
vou procurar.

Mesmo que oque 
possa ser encontrado
seja apenas uma lembrança,
de cinco palavras
Perdidas na minha memória,
de um tempo que
é eterno.

Mesmo que
a felicidade possa ser
apenas um belo
sonho, numa bela noite
escura ou de luar.


Não adianta, oque mais me intriga, oque mais tira o meu sono e ocupa
minha mente é o tal do respeito ao tempo. É até chato e repetitivo, mas
a minha tranquilidade depende disto. Misture este respeito ao tempo, 
com a questão do futuro e do passado, e encontrará uma confusão
louca, que muito me atormenta, mas muito me acalma. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pra te tocar

Até que tudo
vire nada.
Que a rocha
se esfarele.
E o sonho
vire vida.

Pra ver a lua
pra ver a luz,
pro mundo ser
apenas teu e meu.

Pra não ver o tempo
pra te tocar,
até que a chuva
seja transfigurada
pelo paraíso.

Vou a casa tua,
que não sei
se já não é minha
Ao colo teu
que mistura-se ao meu
deixando homogênea
nossa pele e nosso sorriso.


Mais claro que isto apenas a luz da lua cheia no céu visto pela minha janela.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Transposição

Calma, meu caro
Amigo.
Pense, a vida pede mais leveza.
Imagine um mundo perfeito!
Tão ideal quanto nos filmes.
Algo assim pode existir?
Ou é apenas sonho?

Baita atitude é
Ir além dos sonhos!
Raramente isso acontece.
Oque mostra toda a esquizofrenia
Beije a  lona.
Implore por paz
De um passo firme, na terra
Já tão gasta pelas palavras.
Arrisque ultrapassar o mundo das idéias.
Não mude o mundo com os olhos fechados!


Estou tentado brincar com as palavras. Não sei se consigo,
mas é legal. Isto não é oque eu queria escrever hoje, 
meu Aurélio está de mal comigo, e me escondeu tudo
oque poderia traduzir meus sentimentos. Pra não deixar
o vazio tão vazio, algo mais amplo e menos peito aberto!

sábado, 16 de abril de 2011

Descendência

Fotos de sorrisos amarelos,
que escondem
uma vida de
conturbadas atitudes.

Quadros na parede
que maquiam
a hipocrisia,
por esquecer
todo o mal causado.

Amigos na vida social,
hoje regrada,
com a intenção
de desculpar-se,
tornar-se vítima[?]
depois de todos
os crimes cometidos! [?]

Igreja, dizimo
padre, reza
pra tentar lavar a alma.
Mas a sujeira,
incrustada, petrificada
não sai,
não se leva!

Nada para
o tiro disparado,
a palavra proferida,
o tapa que corta.
Nada faz o tempo,
ou uma vida,
voltar!



À uma parte de minha descendência, que de nada me orgulha. Muito pelo contrário.
Ontem me deu medo quando pensei oque eu poderia ter feito de minha vida,
num tempo não tão distante. Talvez por sorte olhei pro lado e ali sempre, 
eternamente haverá alguém me olhando!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

...

O nada
vira tudo
O tudo
vira nada.
Eu tenho
sei que tenho
o nada,
que vira tudo,
que vira nada.
Eu sou tudo,
mas sou nada
que novamente
vira tudo.
Nós somos tudo,
mas também somos nada.

Esquece...

Não somos nada,
Mas também somos
tudo!
Não temos nada
mas temos tudo!
Não somos nada
mas somos tudo!
Somos?
Temos?
Tenho todas
as dúvidas
que logo
viram certezas.
Tenho todas
as certezas,
que logo
viram todas dúvidas.
Temos o mundo
mas não temos
Nada.
Mas temos o mundo!
Isso tudo,
bem lá no fundo,
é algo muito claro!


É uma das coisas mais loucas que eu escrevi, mas uma das coisas mais claras. Ao menos pra mim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Meu exército!!!

Por que
não chega agora,
trazida pelo
quente vento
da tarde,
você?

Fazendo
com que o mesmo
vento, leve
toda
a distância
que nos separa
nestes
breves minutos.

Faça-me
uma surpresa.
Aproveite
minha viagem
pra dentro
de mim mesmo.
Aproxime-se
de mansinho,
me provocando
um arrepio na nuca
e um alívio
pra alma.

A maior da guerras
é aquela
onde o inimigo,
o companheiro,
o combate,
a derrota
e a vitória
são a mesma
coisa, a mesma
pessoa.

Mas pra mim
vencer,
preciso de ti.
Meu exército
não é de apenas
um homem.


Escrito na ultima folha de um livro de Sciliar, chamado 'o exército de um homem só'.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Companheiro de Bordo

Minha vida
é um barco
a vela,
e a motor
também

O leme,
vezes guio
O vento
vezes leva
Por caminhos,
que em meu
próprio mapa,
desenho.

Vezes,
birutas da vida
indicam
o caminho.

Vezes me vejo
à deriva,
sem vento
nem força
outra qualquer.

Já me vi
em tempestades,
redemoinhos
girando a esmo
apontando
qualquer rumo.

Mas o tempo,
velho companheiro
de bordo,
em seus dois sentidos
me traz de volta
ao rumo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aos Gritos

Grito quem sou
No meu cabelo rebelde
Na minha cara amarrada
No meu olhar sarcástico
mau humor.

Grito minha existência
Rindo na cara
da mesmice
Dos ideais [ou falta deles]
tolos que vejo
do outro lado da rua.

Aos berros
afirmo o que sou
Mantendo-me na contra mão
Guiando meu próprio carro
pela minha própria estrada.

Arrebento minhas cordas vocais
Sendo exatamente quem quero ser.
Pela enésima vez
insisto, afirmo
Resisto.
Meu sono depende disto!


Escrito em papel, enquanto, olhando a minha volta, nada via,
apesar de tanta gente. Cada dia parece que mais 'torto' sou,
mas se 'certo' é ser como as pessoas que vejo, minha
vida será uma eterna curva!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Grito

Há sempre o medo
da pagina em branco.
Mas se algo foi escrito
porque ter medo
de de escrever a próxima palavra?


A duvida esta presente
em tudo.
Na mente, 
no ócio
na noite e no dia


Pra alcançar a certeza,
a dúvida pode ajudar.
Baseada no simples
no sincero, no terno
no silencio.


O caminho teve pedras
Mas tudo serviu pra reafirmar
os valores e as ambições.
Dos dois lados!
Como faca de dois gumes,
uma ida e uma volta!


Saiba que tudo oque quero
se resume aos meus gestos
ao meu sorrisso.
Tudo oque quero tem endereço
e eu conheço esse endereço.
Conheço esse lugar, sei aonde ir,
como chegar, já cheguei
e fui bem vindo 


Eu vou estar!
Eu consigo ver.
Pois não tenho medo,
não vou fujir
e muito menos
me esconder.









sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Continuam

A chuva vem
a chuva vai
e o céu continua lindo!


Tomando o tempo
e cegando as vistas
os problemas aparecem 
mas o céu, 
continua lindo!


Continuam lindos,
o céu, a lua
o fim de tarde
Mesmo pulsando nas veias 
estresse, a preocupação
Mesmo o tempo se tornando inimigo.


As incertezas afligem
O medo do futuro,
os alicerces de papel,
arrancam os cabelos, 
mas o céu ainda
continua lindo!


O marasmo,
a falta de um programa
o tédio, 
o inferno de um dia que não passa
fazem a loucura parecer uma amiga.
mas o céu, a lua, o mar...


A solidão,
cortando a carne.
os sonhos que não chegam,
os planos que demoram,
corroem.
Mas o céu, as estrelas,
o nascer, o pôr,
o vento, a magia do silêncio
teu olhar, teu sorriso
continuam...




Gosto da minha capacidade de ver beleza nas coisas simples,
essa característica quero levar comigo até o fim do mundo! 


Foto tirada de um pôr-do-sol no 'Fim do Mundo' num fim de tarde lindo, tanto pela
beleza do céu como das palavras e gestos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Conselho

Abra os olhos
sonhar é bom,
Mas abra os olhos.
Enfrente o mundo
Aceite, e mude-o aos poucos.

Releve alguns detalhes
pra alcançar um bem maior.
Nem tudo é sol e praia
Mas quase tudo tem uma beleza.

Simplifique,
o mundo é grande
não pode ser abraçado.
Mas abrace a maior
parte que conseguir.

O lado bom,
esse é o segredo,
acredito.
Sempre busque
o lado bom.

O que te corroe
talvez seja
apenas sua cabeça.
O lobo talvez faz
abrigo em sua cabeça.
Ela não existe
Não passa de um sonho!

Acredito que postar isso vai ser bastante complicado pra mim. Talvez
vá render muita discussão mas eu preciso posta-lo. Fiz esse texto pensando
em dois grandes amigos meu. Grandes mesmo! Sei que posso posta-lo
por conhece-los. E sei que eles passam por um momento tenso em suas
vidas. Talvez isso os ajude. Ou não. Mas eu me sinto bem em postar 
em pensar e escrever algo que talvez faça bem a eles. Conselho se 
fosse bom vendia-se, é o que dizem. Não precisem seguir oque eu digo,
mas eu digo mesmo assim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Escrito nos Olhares

Encontro marcados
desmarcados
encontrados sem querer
Noites estranhas,
que surgem 
pra bagunçar tudo 
e depois reconstruir.

Olhares perdidos
Achados, 
na calada da noite.
Olhares,
encontrados cruzando a rua.

Uma escolha muda tudo
um olhar muda tudo,
um desvio,
um ato coragem.
Um detalhe muda o mundo

E baby,
não há como fugir!
Nem mentir
Leia em meus olhos
Sinta na minha boca.

Uma mergulho
sem noção, sem razão
Deu inicio  
ao que eu não quero
que tenha fim.


Acho incrível como uma escolha, por menor que seja pode mudar
o rumo de uma vida! A minha mudou em uma noite, e hoje agradeço
ao que quer que seja que me fez descer aquela rua, mergulhar
pra um mundo que eu nem sabia que existia. Mas meus olhos não
me enganam, e no fundo, eu sabia oque me esperava.








domingo, 9 de janeiro de 2011

Questão de Tempo

Eu queria um minuto
um olhar
um beijo
uma conversa.

Num estalar de dedos
queria você aqui.
Sentir teu calor
tua pele

É salgado 
o gosto da distância
da saudade.

Hoje precisaria ir além
dos pensamentos
e sonhos.
Precisaria sentir
como uma lâmina
tua presença 
ao meu lado.

Mas sei que logo ali,
depois da curva
vou te encontrar.
Pra sanar de vez
minhas loucuras.
É uma questão de tempo.


Há dias que as horas não passam, se arrastam e angustiam. Mas nesses dias
eu percebo que estou alcançando uma das capacidades que considero mais
importante pra que eu alcance a felicidade: respeitar o tempo. É difícil, 
mas pra que a lucidez seja mantida é imprescindível respeita-lo, pois 
muitas vezes o caminho já esta traçado e sendo seguido, basta esperar.
Esperar a semana que vem, o dia que vem, a hora que vem...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Palavras e Rótulos

Há palavras
que não precisam ser ditas.
Rótulos que não precisam
ser colocados.
Sentimentos que não
precisam ser rotulados.

Um olhar pode dizer muito.
Um gesto talvez ainda mais.
Um beijo inesperado
No fim do mundo
pode guinar uma vida.

É tão bom se permitir ver
o brilho dos olhos,
um sorriso sincero, 
sentir calor do abraço,
um arrepio por um carinho.

Sinto que hoje, 
sei um pouco mais de mim.
Sinto que a vida
está para alcançar
a luz no fim do túnel.

E as palavras
se misturam ao silêncio
Ditas ou não
Não importa!

E os rótulos,
que fiquem pras geléias.
Pois isto é muito maior
Não cabe um uma palavra!




sábado, 1 de janeiro de 2011

Descoberta

Um lance de pele
o olhar, longe,
mas perto,
ali do lado, na cama
mas também
aqui dentro.

O tempo não
sei se passa
ou se passou.
A hora já foi,
ou ainda
estamos na metade?

Uma onda que chega
envolve, toma tudo
Deixa tudo virado,
mas dela não se quer sair!

Parece uma fuga
Um parênteses do mundo.
Que a vida seja assim
pra sempre, ou até amanha.
Pois fora isso, não sei mais
oque vale a pena!

Uma semana atípica em minha vida, não sei se o hoje virou amanha,
se o ontem não é mais hoje, se a hora passou ou ainda está na metade, e 
no meio dessa tranquilidade e falta de preocupação descubro, no interior
do sudoeste do paraná, oque talvez seja imprecindível em minha vida
daqui pra frete. Ou não. Só o tempo dirá...