sexta-feira, 22 de julho de 2011

Turbilhão

A noite chega
e o mundo para
Em meu quarto vago,
perdido entre lençois
Assito a tudo que passa
sem nada enxergar.

Enquanto tudo é cor
a névoa se mostra mais cinza
o céu mais turvo
a lua menos nítida
o escuro mais negro.

A faca numa mão
o afago noutra.
O relogio num pulso
em outro a algema.
Esperança nas palavras,
descrença nas lágrimas.
Uma passagem sob a mesa
E na cabeça, tudo!
Menos o destino.

O medo corroendo.
A fragilidade
expondo a carne.
A vida frente ao destino.
Uma cartada, um tiro.
Penalidade máxima!
Ultimo lance,
Golpe final.

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