Sim e não
Sol e lua
Noite e dia
Mar e céu
Grito e silêncio
Tudo e nada
Certeza e dúvida
Força e silêncio
Luz e escuro
Nobre e comum
Ao mesmo tempo
Em tempo nenhum
Misturado
Lutando por espaço
Como o sol empurrando a noite
Que resiste e imortaliza-se o breu..
..que se se dissolve e perpetua-se a luz..
..que nada ilumina
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Empatia
E quando a terra derreter
em arreia movediça?
E quando as cores ficarem opacas?
E quando os sonhos acordarem
em apenas sonhos?
E quando a luz não iluminar?
E quando os óculos não corrigirem?
E quando a linha desaparecer?
E quando a lapiseira não riscar?
E quando a tinta acabar?
E quando o álcool evaporar?
E quando o futuro der a volta?
E quando o passado voltar?
E quando o vento não carregar?
E quando a corrente não mais prender?
E quando tudo for nada?
...
E quando o 'quando' tornar-se agora?
em arreia movediça?
E quando as cores ficarem opacas?
E quando os sonhos acordarem
em apenas sonhos?
E quando a luz não iluminar?
E quando os óculos não corrigirem?
E quando a linha desaparecer?
E quando a lapiseira não riscar?
E quando a tinta acabar?
E quando o álcool evaporar?
E quando o futuro der a volta?
E quando o passado voltar?
E quando o vento não carregar?
E quando a corrente não mais prender?
E quando tudo for nada?
...
E quando o 'quando' tornar-se agora?
sábado, 29 de junho de 2013
Exclamação!
Compartilhando o mesmo ar
uma ponte de saliva
junta nossos sonhos alados
Marcas roxas
escrevem na pele
a memória dos sentidos
Que como em areia movediça
se enterram em interrogações
Que como em chão de rocha
se impõem em exclamações!
uma ponte de saliva
junta nossos sonhos alados
Marcas roxas
escrevem na pele
a memória dos sentidos
Que como em areia movediça
se enterram em interrogações
Que como em chão de rocha
se impõem em exclamações!
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Bodas de cinzas
Que no dia de meu suicídio
Já com meia faca fincada em meio pescoço
Ou no meio do vôo pelos ares
Eu não me arrependa e tente voltar
Batendo assas que não existem
Estancando sangue que brota de todo lugar
Sei que em meu velório
Comemoração da hipocrisia
Algumas pessoas vão chorar
Ao invés de, enquanto vivia
Terrem sorrido comigo
Acariciarão minha face gelada
Talvez com pena
Talvez com pesar e arrependimento
Por não terem feito isso
Enquanto ela ainda quente estava
Dali uns dias, anos
Entre uns drinks e palavras vãs
Pode ser que eu seja lembrado
Por uma frase feita
Ou por uma ideia desferida
Por um beijo não dado
Ou uma noite bem vivida
Por um olhar penetrante
Por um cine-pôr compartilhado
Por buscar um mundo melhor
Por ter morrido frustrado
Mas ainda com brilho no olhar
Se lembrado for
Serei um cadáver sorridente
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Alheio a tudo
Até que eu queria estar.
Não enxergar nada além
Ao fixar um ponto no olhar.
Até tento
Com bastante força
Mirar só pro meu espelho
Num lapso de egoismo sem fim
Mas meu espelho reverbera mais que meu reflexo.
Até tento
Com bastante força
Me esconder de tudo
Mas meus tijolos
São bolhas de sabão
Mas minhas correntes
são espuma de carnaval
Nessa, tento me livrar da prisão
Prisão? Meu cadafalso sou eu
Eu, prisioneiro de mim mesmo
Condenado por mim mesmo
Livre por mim mesmo.
Contraditório não? Preso por mim, livre por mim. Mas é isso ai...
Até que eu queria estar.
Não enxergar nada além
Ao fixar um ponto no olhar.
Até tento
Com bastante força
Mirar só pro meu espelho
Num lapso de egoismo sem fim
Mas meu espelho reverbera mais que meu reflexo.
Até tento
Com bastante força
Me esconder de tudo
Mas meus tijolos
São bolhas de sabão
Mas minhas correntes
são espuma de carnaval
Nessa, tento me livrar da prisão
Prisão? Meu cadafalso sou eu
Eu, prisioneiro de mim mesmo
Condenado por mim mesmo
Livre por mim mesmo.
Contraditório não? Preso por mim, livre por mim. Mas é isso ai...
segunda-feira, 6 de maio de 2013
O dia que não vivi
Não sonhei
Não olhei
Não senti
Não cheirei
Não chorei
Não nasci
Não morri
Não acordei
Não dormi
Não pensei
Não recebi
Não doei
Não odiei
Não amei
Não sorri
Não berrei
No dia em que não vivi
Não respirei
O tempo não existiu
Nem me mexi
Mas tudo passou tão rápido
O dia passou tão rápido
Tudo passou
passou
Sem eu ter vivido
Não olhei
Não senti
Não cheirei
Não chorei
Não nasci
Não morri
Não acordei
Não dormi
Não pensei
Não recebi
Não doei
Não odiei
Não amei
Não sorri
Não berrei
No dia em que não vivi
Não respirei
O tempo não existiu
Nem me mexi
Mas tudo passou tão rápido
O dia passou tão rápido
Tudo passou
passou
Sem eu ter vivido
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Perdão
Relendo um livro antigo,
presente sincero,
recebido de pessoa querida
Me dei conta que certa vez,
rasguei a página da dedicatória,
num dia desses que agente deve esquecer,
tomado por uma cólera sem fim.
Me arrependo até o último fio de cabelo
me abraça agora uma cólera ainda maior
um arrependimento insuperável
Por tentar apagar os lindos momentos vividos
Os nobres sentimentos compartilhados
Que essas breves linhas
Escancarem toda minha vergonha
Todo o meu asco por mim mesmo
Por tentar esconder um sentimento tão belo
Que não vingou, não deu frutos, é verdade
Mas que está guardado, ali no canto escuro
Junto com todas as outras coisas proibidas
Como uma lembrança doce de um passado belo.
presente sincero,
recebido de pessoa querida
Me dei conta que certa vez,
rasguei a página da dedicatória,
num dia desses que agente deve esquecer,
tomado por uma cólera sem fim.
Me arrependo até o último fio de cabelo
me abraça agora uma cólera ainda maior
um arrependimento insuperável
Por tentar apagar os lindos momentos vividos
Os nobres sentimentos compartilhados
Que essas breves linhas
Escancarem toda minha vergonha
Todo o meu asco por mim mesmo
Por tentar esconder um sentimento tão belo
Que não vingou, não deu frutos, é verdade
Mas que está guardado, ali no canto escuro
Junto com todas as outras coisas proibidas
Como uma lembrança doce de um passado belo.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Beatrice
Você vive na minha imaginação
Mesmo eu não tendo imaginação
Você é fruto de mim mesmo
Mesmo que eu não seja ninguém
Você é tudo
Mesmo quando o tudo é nada
Você é minha criação
Mesmo que eu nunca tenha criado nada
Você é meu maior objetivo
Mesmo quando não tenho objetivos
Você existe!
Mesmo não existindo existência alguma.
Mesmo eu não tendo imaginação
Você é fruto de mim mesmo
Mesmo que eu não seja ninguém
Você é tudo
Mesmo quando o tudo é nada
Você é minha criação
Mesmo que eu nunca tenha criado nada
Você é meu maior objetivo
Mesmo quando não tenho objetivos
Você existe!
Mesmo não existindo existência alguma.
sábado, 2 de março de 2013
Som negro da caixa vazia de minha cabeça com cheiro de álcool evaporado e sabor de abacate com limão
É um quebra-cabeças
Que se joga ao chão
Pra torná-lo a montar
Igual ao que era
Diferente do que sempre foi
Poderia ser um muro
Um teatro mágico
Um bafo de fumaça
Um porão de adrenalina e suor
Que escorre das mãos sangrentas
De tanto socar, quebrar
Arrancar a força
O que se tem de mais íntimo.
Pode ser o que agente quer que seja...
Pra mim,
É um quebra-cabeça
Apesar do charme do clube
Da beleza da metáfora do teatro
E dos belos e convincentes discursos
Logo,
Prefiro fazer como Aureliano
Desmontar e montar o quebra-cabeças
Eternamente e a todo o tempo
Encontar no final sempre e nunca o mesmo desenho
Sempre a mesma imagem
Nunca a mesma imagem
Resquícios da noite passada, que não deveria ter acabado,
que ainda não acabou, que nunca vai acabar
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Oferta
Te ofereço meu braço
pra tu usar como travesseiro
Meus sonhos
pra que sirvam de alento
Minha mão
pra que use como escudo
Minha pele
pra te acalmar a raiva
Meu cabelo
pra passar o tédio
Meus olhos
pra que tu faça um espelho
Minha língua
pra saciar a voracidade
Minha boca
que tu pare no tempo
Meu sexo
pra que alcance o exctase pontual
Meus pés
pra misturar com as poeiras dos seus
Minhas cicatrizes
pra que costures o futuro
Meu coração
pra que tu faça o que bem entender.
pra tu usar como travesseiro
Meus sonhos
pra que sirvam de alento
Minha mão
pra que use como escudo
Minha pele
pra te acalmar a raiva
Meu cabelo
pra passar o tédio
Meus olhos
pra que tu faça um espelho
Minha língua
pra saciar a voracidade
Minha boca
que tu pare no tempo
Meu sexo
pra que alcance o exctase pontual
Meus pés
pra misturar com as poeiras dos seus
Minhas cicatrizes
pra que costures o futuro
Meu coração
pra que tu faça o que bem entender.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Sendo eu mesmo
Ser eu mesmo
Difícil por si só
Por ser
Quase impossível saber
O que é 'Eu Mesmo'
Ser eu mesmo
É aceitar eu mesmo
Aceitar oque eu digo
em silêncio
pra mim mesmo
Ser eu mesmo
É viver inquieto
A todo o tempo
A toda prova
A toda questão
Ser eu mesmo é Ser
Simples ser
E hoje sei
Estar contigo
é ser eu mesmo
Difícil por si só
Por ser
Quase impossível saber
O que é 'Eu Mesmo'
Ser eu mesmo
É aceitar eu mesmo
Aceitar oque eu digo
em silêncio
pra mim mesmo
Ser eu mesmo
É viver inquieto
A todo o tempo
A toda prova
A toda questão
Ser eu mesmo é Ser
Simples ser
E hoje sei
Estar contigo
é ser eu mesmo
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Queria inventar palavras
Mas tenho medo de parecer louco
Faltam adjetivos
pra descrever os substantivos
que substituem-se
em cada ciclo do sol
Um frágil muro
protege do mal sempre combatido
Um sorriso de dentes frágeis
pintam um falso dia
fingindo um tempo
de colheitas fartas
Rouco de tanto gritar
Pra expulsar as batidas do peito
Gritando múrmuros indecifráveis
Nem tudo faz sentido
Ou faz e não percebo
Gritos surdos chegam e somem
Há sempre uma diferença
Entre que se ouve e o que se vê
Pode ser que falham
meus olhos e ouvidos
Pode ser que falha a raça humana
Dizem que em momentos tristes/revoltantes/repugnantes/esquecíveis/abomináveis
as palavras vêm com mais fluidez, poisé...
Mas tenho medo de parecer louco
Faltam adjetivos
pra descrever os substantivos
que substituem-se
em cada ciclo do sol
Um frágil muro
protege do mal sempre combatido
Um sorriso de dentes frágeis
pintam um falso dia
fingindo um tempo
de colheitas fartas
Rouco de tanto gritar
Pra expulsar as batidas do peito
Gritando múrmuros indecifráveis
Nem tudo faz sentido
Ou faz e não percebo
Gritos surdos chegam e somem
Há sempre uma diferença
Entre que se ouve e o que se vê
Pode ser que falham
meus olhos e ouvidos
Pode ser que falha a raça humana
Dizem que em momentos tristes/revoltantes/repugnantes/esquecíveis/abomináveis
as palavras vêm com mais fluidez, poisé...
Vomito
Noites mais arrastadas
Madrugadas mais longas
Longas horas vazias
Sono sem dormir
Pressa que não faz vir
Barulho incapaz de ouvir
Não sei se esse é o jeito certo
Pode demorar para sair
Amanhã vejo outro lugar
Noutro lugar comum
Amanhã morro noutro lugar
Num desorganizado turbilhão
Apagão mental
Catalizador mental
Tudo isso
dançando num giro do ponteiro.
Madrugadas mais longas
Longas horas vazias
Sono sem dormir
Pressa que não faz vir
Barulho incapaz de ouvir
Não sei se esse é o jeito certo
Pode demorar para sair
Amanhã vejo outro lugar
Noutro lugar comum
Amanhã morro noutro lugar
Num desorganizado turbilhão
Apagão mental
Catalizador mental
Tudo isso
dançando num giro do ponteiro.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Blefe
Nesta minha pocilga de palavras
Desenho meus sonhos
Aproximo as estrelas no meu céu
Com a ilusão de controlar o tempo
Acariciando minhas lágrimas
Em meu próprio rosto
Já cansado de esperar
Já cansado de sonhar
Bravamente Creio
Não na oração
Talvez num dragão
Fantasiado de moinho
Creio,
Não sei em que
Não sei pra que
Mas me sinto estranhamente forte
Blefe??
Desenho meus sonhos
Aproximo as estrelas no meu céu
Com a ilusão de controlar o tempo
Acariciando minhas lágrimas
Em meu próprio rosto
Já cansado de esperar
Já cansado de sonhar
Bravamente Creio
Não na oração
Talvez num dragão
Fantasiado de moinho
Creio,
Não sei em que
Não sei pra que
Mas me sinto estranhamente forte
Blefe??
sábado, 24 de novembro de 2012
Contradição
Do que me adianta agora
os ponteiro se acertarem
as rotas se aprumarem
e os sonhos se alinharem
Vale alguma coisa
chutar num gol
depois do apito final?
Pra que tentar acender o fogo
com a chuva já rolando?
Se lançar ao mar
já seco pelo ferrenho sol escaldante?
já seco pelo ferrenho sol escaldante?
Por que regar as flores de plástico?
Mudar o curso da história?
Aceitar aos gritos
O que os sussurros não foram capazes?
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Compêndio
Olhando a noite fechada
e enxergando o nascer do sol
Num dia qualquer
Num dia distante e talvez inexistente
Tal como areia movediça
Sugam minhas energias
Todos seus olhares
Embriagam minha vil segurança
Cada tola resposta não dada
Faltam adjetivos
pra descrever os substantivos
que substituem-se
em cada ciclo do sol
Sobram dúvidas
Sobre uma ponte rompida
Sobram sonhos
Voando nas suas asas
Hoje tão próximas
Ontem vez tão distantes
e enxergando o nascer do sol
Num dia qualquer
Num dia distante e talvez inexistente
Tal como areia movediça
Sugam minhas energias
Todos seus olhares
Embriagam minha vil segurança
Cada tola resposta não dada
Faltam adjetivos
pra descrever os substantivos
que substituem-se
em cada ciclo do sol
Sobram dúvidas
Sobre uma ponte rompida
Sobram sonhos
Voando nas suas asas
Hoje tão próximas
Ontem vez tão distantes
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Esquina
Parado numa esquina
Olhando os transeuntes
Que vão ou não
Que param ou correm
Uma esquina
Ângulo reto
Nem tão reto
Nem tão certo
Esquina que passa
Que chega novamente
Se repete
Vem e volta
Vai e fica
Chega e some
Esquina
Chegando ao montes
A cada tic do relógio
Saindo ao berros
A cada pálpebra que se fecha.
Olhando os transeuntes
Que vão ou não
Que param ou correm
Uma esquina
Ângulo reto
Nem tão reto
Nem tão certo
Esquina que passa
Que chega novamente
Se repete
Vem e volta
Vai e fica
Chega e some
Esquina
Chegando ao montes
A cada tic do relógio
Saindo ao berros
A cada pálpebra que se fecha.
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