Quebra-cabeça de mim mesmo
Me largo em peças
Em qualquer canto
Em tantos cantos
Cantos de timbre agudo
Há peças em inúmeros lugares
Encaixadas noutros quebra-cabelas
Jogadas no canto
Guardadas no melhor lugar da sala
O vento deve ter levado várias
Outras cuidadosamente guardei em baixo do travesseiro
...
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
terça-feira, 17 de novembro de 2015
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Mesmo tendo a gente mudado
de cabelo cidade e namorado
Mesmo meu cabelo tendo crescido
o teu encolhido pra depois se inverter
Mesmo que tu tenha trocado o rumo
e eu agora esteja pra esses lados
Mesmo tendo a gente caminhado
por caminhos sombrios
Mesmo que tenhamos dificultado tudo
tentado esconder de nós mesmo
Mesmo que não exista mais nada
nosso mundo eu ainda mantenho guardado
de cabelo cidade e namorado
Mesmo meu cabelo tendo crescido
o teu encolhido pra depois se inverter
Mesmo que tu tenha trocado o rumo
e eu agora esteja pra esses lados
Mesmo tendo a gente caminhado
por caminhos sombrios
Mesmo que tenhamos dificultado tudo
tentado esconder de nós mesmo
Mesmo que não exista mais nada
nosso mundo eu ainda mantenho guardado
quinta-feira, 23 de julho de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Espelho
Sou teu sorriso
tuas alegrias
tuas lágrimas
teus olhares
teus blefes
teus devaneios
tuas vontades
teus objetivos
teus arrepios
teu tesão
tua veia
teu pulsar
Sou teu ser
Sou teu eu mesmo
Sou
Somos
Mais palavras para Beatrice
tuas alegrias
tuas lágrimas
teus olhares
teus blefes
teus devaneios
tuas vontades
teus objetivos
teus arrepios
teu tesão
tua veia
teu pulsar
Sou teu ser
Sou teu eu mesmo
Sou
Somos
Mais palavras para Beatrice
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Pra alguém como eu
De fala fácil
Simples sempre foi
Falar de mim mesmo
Vomitei nos mais distintos colos
tudo o que tem aqui dentro.
De fala fácil
Abri meu peito
De peito aberto
Abri minha mente
De mente aberta
Lutei contra mim mesmo
Rompido comigo mesmo
me refiz.
Uma rolha mal posta
Que permite o oxigênio entrar
Fez o tempo oxidar minha liberdade
Oxidou-se minha esperança
Ainda falo fácil
Mas se libertam singelas palavras tolas
Como um curinga num baralho
Sem número nem naipe
Como um estrangeiro num país estranho
Sem dicionário nem mapa
Em uma casa vazia
Numa cidade com as estradas fechadas
Não encontro ouvidos pra mim mesmo
Os gritos silenciam-se
De fala fácil
Simples sempre foi
Falar de mim mesmo
Vomitei nos mais distintos colos
tudo o que tem aqui dentro.
De fala fácil
Abri meu peito
De peito aberto
Abri minha mente
De mente aberta
Lutei contra mim mesmo
Rompido comigo mesmo
me refiz.
Uma rolha mal posta
Que permite o oxigênio entrar
Fez o tempo oxidar minha liberdade
Oxidou-se minha esperança
Ainda falo fácil
Mas se libertam singelas palavras tolas
Como um curinga num baralho
Sem número nem naipe
Como um estrangeiro num país estranho
Sem dicionário nem mapa
Em uma casa vazia
Numa cidade com as estradas fechadas
Não encontro ouvidos pra mim mesmo
Os gritos silenciam-se
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Somos dois navegantes
Navegando cada um em seu barco
Ambos mirando o mesmo alvo
Cada um em sua rota
Em ilhas aladas ao mar
Dentre puteiros de almas
Com as feridas abertas ao sangue
Bebemos rum com hortelã
Atracados
Apenas à bebida
Com migalhas de breves devaneios
Apenas doces lembranças
Nunca mais
Mapas e bússolas.
Ideia iniciada no twitter, moldada, enfeitada e gravada aqui.
Navegando cada um em seu barco
Ambos mirando o mesmo alvo
Cada um em sua rota
Em ilhas aladas ao mar
Dentre puteiros de almas
Com as feridas abertas ao sangue
Bebemos rum com hortelã
Atracados
Apenas à bebida
Com migalhas de breves devaneios
Apenas doces lembranças
Nunca mais
Mapas e bússolas.
Ideia iniciada no twitter, moldada, enfeitada e gravada aqui.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
destinos se cruzam
e seguem seus caminhos
cada um prum lado
vezes de lado a lado
palavras se cruzam
se enrolam
cada uma com seu timbre
vezes prontas pra vibrar no mesmo tom
olhares se cruzam
se fundem
cada um com sua obscuridade
vezes mirando o mesmo fio de luz
sonhos pré-fabricados se cruzam
se perdem cegos
ausentes de conteúdo
vezes se enchem
de remédios que não curam
de alívio enganador
e seguem seus caminhos
cada um prum lado
vezes de lado a lado
palavras se cruzam
se enrolam
cada uma com seu timbre
vezes prontas pra vibrar no mesmo tom
olhares se cruzam
se fundem
cada um com sua obscuridade
vezes mirando o mesmo fio de luz
sonhos pré-fabricados se cruzam
se perdem cegos
ausentes de conteúdo
vezes se enchem
de remédios que não curam
de alívio enganador
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Me fiz sentinela
de teu sono
Guardando o silêncio
pra calmaria da noite
Protegi teus sonhos
pra que corressem livres
pela estradas do inconsciente
Esperei que passassem as horas
pra outras horas nos juntar
Preu sentir na pele
teu calor
Preu cuidar de novo de ti
de teus sonhos
Sentinela sou
Pois sinto nela
parte do tudo
peça de quebra-cabeça
de teu sono
Guardando o silêncio
pra calmaria da noite
Protegi teus sonhos
pra que corressem livres
pela estradas do inconsciente
Esperei que passassem as horas
pra outras horas nos juntar
Preu sentir na pele
teu calor
Preu cuidar de novo de ti
de teus sonhos
Sentinela sou
Pois sinto nela
parte do tudo
peça de quebra-cabeça
sábado, 26 de outubro de 2013
Multiplicamos
Vem
Multiplicamos
Por que a vida não é subtração
Por que nada deve excluir o que tem de ser escrito
Vem
Multiplicamos
Por que o mundo a gente desenha
Por que nosso mundo é só nosso
É nosso rabisco...
Vem
Multiplicamos
Por que nosso desenho não é exclusivo
Por que o "nosso" pode ser de quem quiser
Vem
Multiplicamos
Porque subtrair é perder
Por que o mundo é adição
Vem
Multiplicamos
Por que egoísmo é do contra
Por que sentir é a favor
Vem
Multiplicamos
Por que sem egoísmo tudo mais leve
Por que desapego é viver
Por que o que sinto é viver
Por que não quero subtrair sentimentos
Por que...
Não há explicação.
Multiplicamos
Por que a vida não é subtração
Por que nada deve excluir o que tem de ser escrito
Vem
Multiplicamos
Por que o mundo a gente desenha
Por que nosso mundo é só nosso
É nosso rabisco...
Vem
Multiplicamos
Por que nosso desenho não é exclusivo
Por que o "nosso" pode ser de quem quiser
Vem
Multiplicamos
Porque subtrair é perder
Por que o mundo é adição
Vem
Multiplicamos
Por que egoísmo é do contra
Por que sentir é a favor
Vem
Multiplicamos
Por que sem egoísmo tudo mais leve
Por que desapego é viver
Por que o que sinto é viver
Por que não quero subtrair sentimentos
Por que...
Não há explicação.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Derrota
Perco pra mim mesmo
No luta constante pelo prumo
Aqui no escuro
Na nudez que só paredes enxergam
Perco no grito
Perco com o gato
Perco satisfeito
Perco feliz
Como quem perde o emprego
Mas ganha um mundo de liberdade
Porque perder nem sempre é ruim!
No luta constante pelo prumo
Aqui no escuro
Na nudez que só paredes enxergam
Perco no grito
Perco com o gato
Perco satisfeito
Perco feliz
Como quem perde o emprego
Mas ganha um mundo de liberdade
Porque perder nem sempre é ruim!
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Risca de giz
As palavras mentem
Mesmo os versos mais lindos
O prazer mente
deixa lacunas
E arde,
como sal em ferida carne viva
As palavras se apagam
como giz em quadro negro
...sempre escrevo com giz
Desenho a giz
planos e histórias
Pinto desejos e tristezas
Com giz,
sempre com giz
Como sempre fiz
Tudo e nada no mesmo instante
Mutável certeza
Equilíbrio constante
No chão em que piso
Ficam os rastros de giz
Pra alguém me encontrar
Ou pra pra riscar uma nova linha
Mesmo os versos mais lindos
O prazer mente
deixa lacunas
E arde,
como sal em ferida carne viva
As palavras se apagam
como giz em quadro negro
...sempre escrevo com giz
Desenho a giz
planos e histórias
Pinto desejos e tristezas
Com giz,
sempre com giz
Como sempre fiz
Tudo e nada no mesmo instante
Mutável certeza
Equilíbrio constante
No chão em que piso
Ficam os rastros de giz
Pra alguém me encontrar
Ou pra pra riscar uma nova linha
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Sim e não
Sol e lua
Noite e dia
Mar e céu
Grito e silêncio
Tudo e nada
Certeza e dúvida
Força e silêncio
Luz e escuro
Nobre e comum
Ao mesmo tempo
Em tempo nenhum
Misturado
Lutando por espaço
Como o sol empurrando a noite
Que resiste e imortaliza-se o breu..
..que se se dissolve e perpetua-se a luz..
..que nada ilumina
Sol e lua
Noite e dia
Mar e céu
Grito e silêncio
Tudo e nada
Certeza e dúvida
Força e silêncio
Luz e escuro
Nobre e comum
Ao mesmo tempo
Em tempo nenhum
Misturado
Lutando por espaço
Como o sol empurrando a noite
Que resiste e imortaliza-se o breu..
..que se se dissolve e perpetua-se a luz..
..que nada ilumina
segunda-feira, 29 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Empatia
E quando a terra derreter
em arreia movediça?
E quando as cores ficarem opacas?
E quando os sonhos acordarem
em apenas sonhos?
E quando a luz não iluminar?
E quando os óculos não corrigirem?
E quando a linha desaparecer?
E quando a lapiseira não riscar?
E quando a tinta acabar?
E quando o álcool evaporar?
E quando o futuro der a volta?
E quando o passado voltar?
E quando o vento não carregar?
E quando a corrente não mais prender?
E quando tudo for nada?
...
E quando o 'quando' tornar-se agora?
em arreia movediça?
E quando as cores ficarem opacas?
E quando os sonhos acordarem
em apenas sonhos?
E quando a luz não iluminar?
E quando os óculos não corrigirem?
E quando a linha desaparecer?
E quando a lapiseira não riscar?
E quando a tinta acabar?
E quando o álcool evaporar?
E quando o futuro der a volta?
E quando o passado voltar?
E quando o vento não carregar?
E quando a corrente não mais prender?
E quando tudo for nada?
...
E quando o 'quando' tornar-se agora?
sábado, 29 de junho de 2013
Exclamação!
Compartilhando o mesmo ar
uma ponte de saliva
junta nossos sonhos alados
Marcas roxas
escrevem na pele
a memória dos sentidos
Que como em areia movediça
se enterram em interrogações
Que como em chão de rocha
se impõem em exclamações!
uma ponte de saliva
junta nossos sonhos alados
Marcas roxas
escrevem na pele
a memória dos sentidos
Que como em areia movediça
se enterram em interrogações
Que como em chão de rocha
se impõem em exclamações!
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Bodas de cinzas
Que no dia de meu suicídio
Já com meia faca fincada em meio pescoço
Ou no meio do vôo pelos ares
Eu não me arrependa e tente voltar
Batendo assas que não existem
Estancando sangue que brota de todo lugar
Sei que em meu velório
Comemoração da hipocrisia
Algumas pessoas vão chorar
Ao invés de, enquanto vivia
Terrem sorrido comigo
Acariciarão minha face gelada
Talvez com pena
Talvez com pesar e arrependimento
Por não terem feito isso
Enquanto ela ainda quente estava
Dali uns dias, anos
Entre uns drinks e palavras vãs
Pode ser que eu seja lembrado
Por uma frase feita
Ou por uma ideia desferida
Por um beijo não dado
Ou uma noite bem vivida
Por um olhar penetrante
Por um cine-pôr compartilhado
Por buscar um mundo melhor
Por ter morrido frustrado
Mas ainda com brilho no olhar
Se lembrado for
Serei um cadáver sorridente
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Alheio a tudo
Até que eu queria estar.
Não enxergar nada além
Ao fixar um ponto no olhar.
Até tento
Com bastante força
Mirar só pro meu espelho
Num lapso de egoismo sem fim
Mas meu espelho reverbera mais que meu reflexo.
Até tento
Com bastante força
Me esconder de tudo
Mas meus tijolos
São bolhas de sabão
Mas minhas correntes
são espuma de carnaval
Nessa, tento me livrar da prisão
Prisão? Meu cadafalso sou eu
Eu, prisioneiro de mim mesmo
Condenado por mim mesmo
Livre por mim mesmo.
Contraditório não? Preso por mim, livre por mim. Mas é isso ai...
Até que eu queria estar.
Não enxergar nada além
Ao fixar um ponto no olhar.
Até tento
Com bastante força
Mirar só pro meu espelho
Num lapso de egoismo sem fim
Mas meu espelho reverbera mais que meu reflexo.
Até tento
Com bastante força
Me esconder de tudo
Mas meus tijolos
São bolhas de sabão
Mas minhas correntes
são espuma de carnaval
Nessa, tento me livrar da prisão
Prisão? Meu cadafalso sou eu
Eu, prisioneiro de mim mesmo
Condenado por mim mesmo
Livre por mim mesmo.
Contraditório não? Preso por mim, livre por mim. Mas é isso ai...
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