quinta-feira, 7 de julho de 2011

Catarina

Queria todos
os meus amigos
Todas as suas
ideias e os seus sorrisos
Do meu lado agora.

Junto com eles
gostaria de ver um filme
Onde nossas vidas
seria o tema
de cada cena.

Depois disto
eu ligaria um som
que de tão alto
toda a cidade
cantaria a nossa existência.

O mundo todo
neste momento
eu queria tocar.
E experimentar
o sabor de tudo.

Queria entorpecer
meus sentidos com
tudo oque possam me servir.
Pra que ao menos
em um segundo
eu não pense
no mistério de existir.


Só temos uma certeza na vida, a morte. E é certo que o conflito desta certeza
com a racionalidade é algo destruidor e inexplicável. A morte é algo simples,
direto e inevitável. Mas ao mesmo tempo é a coisa mais complexa, sinuosa
e apavorante que existe. Conviver com ela remete a um vazio tão louco 
que só a porra do tempo completa. A minha existência é praticamente toda
direcionada a entender e respeitar o tempo,  mas as vezes da vontade de
mandar tudo ao espaço, quebrar todos os relógios e viver em um mundo
irreal. Pois é muito mais fácil conviver com ideias do que com a vida que 
está aqui do lado do meu noteboock me esperando pra me espancar com
suas perguntas e medos! 

Um comentário:

Thiago Vendramin disse...

Cara, a vida é um trem em que entramos as cegas. Sabemos pouco da origem e quase nada do percurso. Do destino, somos absolutamente ignorantes.
Desse trem, o que vale, são as paisagens que passam rapidas pela nossa janela. E as pessoas que dividem assento com a gente.

Mas discordo sobre ser um mistéiro, existir. Mistério pra mim, é não lutar pra existir de fato.

Parabens pela pureza das palavras...