segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ao Espelho

Descobri, no vazio
em volta de mim ao espelho
mais um pedaço de mim mesmo.

Descobri que música e poesia
não me bastam quando vêm sozinhas.
Filmes não me distraem.
Seriados menos ainda.

Oque me conforta
são pessoas e suas idéias.
Uma conversa, uma música
cantada junto, abraçado.
Uma cerveja compartilhada
Uma risada sincera
A calmaria,
contemplando o silêncio, o nada.

Descobri também,
que minha cabeça
não descansa,
não desliga quando algo está errado
e meu sono não vêm.

Descobri a insegurança
que se mistura
com a falta de tranqüilidade
confundido o que é certo,
turvando minha visão!

Lembrei que o tempo não passa
Rumores viram estardalhaço,
Cuspe, tempestades!

Nas horas de tensão
as palavras não conseguem,
nem a cabeça a mil
Muito menos conselhos
aliviar e confortar.

Descobri que nessas horas
as palavras vêm fácil,
tentam, chegam perto,
mas o que conforta e alivia...
se eu soubesse não teria escrito
o que quer que seja essa junção
de palavras!

Nessas horas estranhas da vida eu percebo minhas fraquezas.
Tudo nunca foi como eu imaginei, se tratando de mim mesmo!
A poesia me ajuda a me descobrir, mesmo que a cada descoberta
eu encontre algo diferente.  Esse titulo já foi usado num outro 
texto, acho que estudava no ensino fundamental ainda. Mas
coube melhor nesse!

Um comentário:

Thiago Vendramin disse...

Hermano, foda mesmo é qdo o que encontramos no espelho, não é nada daquilo que a gente imaginou encontrar. Não que a previsibilidade seja algo positivo, mas, o espelho é o maior confronto que temos na vida. Confronto que é indispensavel.

Quanto ao texto, percebo que há um limite se quebrando, e sempre há. Uma linha tenue entre uma sensação ser boa ou ruim. Quanto a vida, nunca canso de dizer que vale a pena se prender aos detalhes, eles sim fazem diferença.