terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vazio

Tantas imagens
Sons e pensamentos
Embaralhando os olhos
que nada vêem.

Tantos mundos
sonhos, estradas
Vozes
Que nada me dizem
Nem um sinal
Nenhuma direção.
Nenhum abraço

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ampulheta

Viro a ampulheta
e brincando comigo
Teima em não cair
a areia.

Por vezes
cai tão depressa
E não vejo 
oque Ela impressa 
em seus olhos
cor de mel

Inconstantemente
a areia para, tranca
Como se as âmbulas
estivessem obstruídas.
Por um olhar, 
por um segundo
Por uma visão
por um milhão.

E então
Eu corro ou ando
ao sabor dos sentidos
percepção.
Acelero ou freio

Com minhas
Ampulhetas e clepsidras
Água e Areia.
Números e ponteiros
Sombras e Sois
Carregadas,
Guardadas em meus bolsos
A qualquer tempo
A qualquer velocidade!

sábado, 5 de novembro de 2011

Cavas

Som,
Cor
Cheiro,
Delicadeza
Amor,
Admiração
Simplicidade,
Leveza,
Humanidade
[...]
Não deveriam,
Em brancas
folhas de papel
ou arquivos
TEXISTE
Ser apenas
devaneios
Ou palavras
cavas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Fechar de olhos

Não sei se vale a pena
gastar a ponta do meu lápis
escrevendo o que
penso as vezes.


Sentimento estranho,
indescritível.
Fragilidade e força,
juntos, 
no mesmo batimento.

Direto,
não queria sempre ser.
Mas em minha testa
está sempre pintado
o que deveria esconder.

Me pego as vezes
com medo disto,
e do mundo e de tudo.
Medo da próxima palavra,
da próxima ponta de lápis
do próximo abismo,
do próximo fechar de olhos...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pinta

Pintou um pinta,
com uma pinta incrível
pintando sua vida
com cores mais vivas
e humanas

Pintando um mundo
com otimismo
Oferecendo a mão
e o braço também.
Salvação.

Ei pinta,
pintamos mesmas idéias
ideais e otimismo.
Afinal, nada é assim
tão ruim.

Então, pinta
pegue a sua mina
que pego a minha
Nossos ouros
e diamantes
Pra pintarmos
um mundo mais feliz.
e Humano!!


Levo de Porto Alegre um coração mais alegre e mais 
esperançoso, que ainda crê que um mundo melhor se constrói
com pequenas ações. Ampliando meus horizontes, tenho cada
vez mais certeza que tenho muito (quase tudo) do que preciso 
pra ser feliz, talvez precise retirar algumas vírgulas e vícios [de
linguagem ou não] pra alcançar tudo oque sempre sonhei. Mas
o caminho já está trilhado!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ao Fim de Tudo

Não quero perceber
no leito de minha morte
que não vivi
entre todos meu dias
um minuto sequer.

Dos teus olhos
quero levar o afago
Deixar as lágrimas
e a fumaça que
turva nosso caminho.

Na minha estante
quero deixar as imagens
e símbolos de tudo
oque acredito.
Pra que talvez alguém
mais ou menos louco
continue...

Meus sonhos
que se transformem
em objetivos
Meu otimismo
em realidade.

E no fim de tudo,
que exista um sorriso
e que como um pote de ouro
no fim do arco-íris,
eu encontre-o
pra carregar comigo
como o maior dos tesouros.


Quando escolhi o título eu pensei, mas existe fim de tudo? 
Existe fim? Será que quando eu morrer será o fim? O meu fim,
é evidente, mas eu sou tão importante assim pra afirmar que
quando EU morrer será o fim de tudo? Acredito que eu tenho 
uma fórmula da eternidade, mas ela não depende apenas de
mim...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mundo de Sofia

Maldito foi o dia
que entre um clarão
e uma forte escuridão.
Li, do meu primeiro livro
sua primeira linha.

Péssima decisão!
Me fez pensar,
confrontar,
enxergar além
de minha própria
máscara.

Se eu soubesse
que puto dia foi este
em todos seus aniversários
me vestiria de luto.

Afinal, sentar
em frente a tudo,
sempre foi a escolha de todos.
E quem sou eu pra
mudar o mundo??

Sofia, teu mundo
não passa de ilusão,
filosofia.
Não quero que o meu
não passe de sonho,
teoria, ideologia...

Será preciso sacrificar
minha felicidade
por querer e buscar
o bem?


Ironia: expressão ou gesto que dá a entender, em determinado contexto, o contrário ou algo diferente do que significa. Sempre fui irônico. Este poema nada mais é que uma ironia, pois oque quero dizer não cabe em versos. Mal cabe nas palavras. Eu sempre usei metáforas e comparações, além de tentar deixar tudo claro. Mas o que vivo as vezes me pede pra nada fazer, e deixar o mundo ser guiado por qualquer coisa que seja, boa ou má. Contrapondo tudo isto está minha consciência, as minhas idéias, tudo oque aprendi nos livros e nas conversas com as boas pessoas que me envolvem. Será que precisarei fazer uma reformulação em tudo oque penso e ser mais um entre todos? Ou devo ser eu mesmo mas pagando um preço muito alto por isto? Me vejo entre uma fogueira, na qual meus livros, meus cadernos de poemas, meus textos e até uma parte de mim está prestes a ser jogada e entre um lago negro e frio onde eu me vejo prestes a cair nú, tendo que nadar até seu outro lado. No céu, nada vejo. Venha me salvar?! Venha voando, podemos pegar tudo oque a nós pertence e voar. Se alguma coisa nos encher o saco, de lá podemos jogar ao chão. Mas venha...









Buraco Negro

Nunca entendi
um buraco negro
como o ar se move
nem os limites do universo.

Não quero saber
porque lagrimas são salgadas
nem porque
o fim do mundo
é tao perto daqui.

Não sei o porque
do inverno da alma
nem a existência
de correntes
que amarram os pés.

Sei muito pouco
ou quase nada.
E sinceramente
gostaria de não pensar
em nada disto.
As vezes.


Têm dias e situações que nos fazem pensar que seria 
muito bom em nada pensar. As vezes, tudo o que eu
gostaria era me deixar levar, pra onde quer que qualquer
vento sopre. Pensar é uma arma, que pode ser destrutiva ou
auto-destrutiva. Mas o que é melhor (ou menos pior?)
pensar e buscar respostas pra tudo ou se fechar frente
ao que nos confronta e não sair da nossa 'zona de conforto'?
Pago um preço muito auto por querer sempre ter as respostas. 


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quebra-Cabeças

Tenho medo
que meus medos
sejam reais.
Ao invés de loucas
alucinações de um sono
quase chegando.

Não sou um
quebra-cabeças!
Mas queria ser.
Ou em mil pedaços
ao menos, me fazer.

Não tenho medo do mundo
nem do muro que pode
estar entre nós.
Sempre fui o senhor de mim
e quem sopra os ventos
que batem em minhas velas,

Mas,

Batem à minha velas
todo o tipo de vento.
Passam em minha rua
os carros mais coloridos.
[e os cinzas também]
Em minha mente,
há os medos mais
amedrontadores.

sábado, 6 de agosto de 2011

Moinhos de Papel

E quando o papel
não aceitar
toda e qualquer
coisa?

E se o espelho
teimar em não refletir
a cara que frente a ele se
coloca?

E se na mesma cena,
estrada, segundo
todas as idéias
ou todos os vazios
se encontrarem?

Saiba,
que os moinhos de vento
não são monstros.

Eles mal existem
mal são de papel.
Nem entre
terra e céu,
mal e bem
São maiores
que a menor das força
que sei que tens!


Nada pode/deve ser maior que o autocontrole, que a mente livre,
que a liberdade de se pensar ,fazer, querer, viver da forma que
se quiser. Tendo como unica necessidade oque realmente 
se faz necessário. Sem máscaras nem monstros que deveras são 
menores que um grão de areia ou menores que o existente.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roda Gigante

As mesma ruas
os mesmos lugares
estórias iguais,
piadas sem graça.

O mesmo outdoor
com a mesma propaganda
em cores diferentes.

A mesma vida
Os mesmos sorrisos
que mostram
dentes diferentes.

A mesma alegria
em outra estação
A mesma poesia.
Roda Gigante!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Turbilhão

A noite chega
e o mundo para
Em meu quarto vago,
perdido entre lençois
Assito a tudo que passa
sem nada enxergar.

Enquanto tudo é cor
a névoa se mostra mais cinza
o céu mais turvo
a lua menos nítida
o escuro mais negro.

A faca numa mão
o afago noutra.
O relogio num pulso
em outro a algema.
Esperança nas palavras,
descrença nas lágrimas.
Uma passagem sob a mesa
E na cabeça, tudo!
Menos o destino.

O medo corroendo.
A fragilidade
expondo a carne.
A vida frente ao destino.
Uma cartada, um tiro.
Penalidade máxima!
Ultimo lance,
Golpe final.

domingo, 17 de julho de 2011

Angústia

A mesma moeda
com seus dois lados.
O mesmo segundo
com seus incontáveis
mundos.

Do céu ao inferno
em uma palavra.
A clareza
se embaça
em um suspiro.

Amor e ódio
se abraçam,
fundem-se.
Tornam-se iguais

Amo-te.
Odeio-te.
Ao mesmo tempo,
ao mesmo instante!

Como as duas
partes do yin-yang
Completamo-nos.
Ou com ódio
Ou com amor.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Catarina

Queria todos
os meus amigos
Todas as suas
ideias e os seus sorrisos
Do meu lado agora.

Junto com eles
gostaria de ver um filme
Onde nossas vidas
seria o tema
de cada cena.

Depois disto
eu ligaria um som
que de tão alto
toda a cidade
cantaria a nossa existência.

O mundo todo
neste momento
eu queria tocar.
E experimentar
o sabor de tudo.

Queria entorpecer
meus sentidos com
tudo oque possam me servir.
Pra que ao menos
em um segundo
eu não pense
no mistério de existir.


Só temos uma certeza na vida, a morte. E é certo que o conflito desta certeza
com a racionalidade é algo destruidor e inexplicável. A morte é algo simples,
direto e inevitável. Mas ao mesmo tempo é a coisa mais complexa, sinuosa
e apavorante que existe. Conviver com ela remete a um vazio tão louco 
que só a porra do tempo completa. A minha existência é praticamente toda
direcionada a entender e respeitar o tempo,  mas as vezes da vontade de
mandar tudo ao espaço, quebrar todos os relógios e viver em um mundo
irreal. Pois é muito mais fácil conviver com ideias do que com a vida que 
está aqui do lado do meu noteboock me esperando pra me espancar com
suas perguntas e medos! 

Neblina

Não é possível
Que as pessoas
Não saibam o caminho.
Porque não segui-lo então?
Medo? Impotência?
Falta de inteligência?
Olhos vendados?
Cabresto? 

Isto,
dificilmente 
algo explique.

Escrito com as vistas embaraçadas pela neblina de uma fumaça
densa, que sempre existiu, e que continua espalhando seu cheiro
de morte.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Anti-Herói

Não toco violão
Nem canto
serenatas
em sua janela.

Formulo teorias pífias
sem sentido
que se perdem
ao ultrapassarem
a porta de meu quarto.

Não penso
no futuro do mundo.
Nem em muda-lo
em um segundo.

Nada de sonetos métricos,
nem rimas perfeitas.
Nada de lutas e revoluções
Apenas lutas internas.

Não sou o dono do mundo
Mal sou o dono de mim
Não tenho as respostas
Mal tenho
um sorriso e um sim.

sábado, 18 de junho de 2011

Pequenas linhas


Já tem um tempo,
nossos sentimentos
se concretizaram.
Fazem muitos dias 
que os nossos olhos
sabem onde descansar.

Até as palavras, 
que por vezes
se mostraram 
desnecessárias, 
apareceram para
contemplar
nossas maos dadas

Regular o tempo
já não importa.
Se foi ontem, 
se será até amanhã.
Se o amanhã
realmente existirá.

Foi-se embora 
as angustias,
as falsas certezas,
os desalentos...
O presente 
está eternizado, 
o sorriso 
está marcado.

Mesmo distante
há o cheiro da alegria,
ainda fresca, 
recém aspirada.

Pequenas linhas
descritas, abstratas..
Cheias de amor, 
inerentes ao anseio
Na verdade 
agora apresentada.


sem mais...


rabiscado em parceria com C.A.B.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Todas as palavras, Todos os minutos.

Procuro sua voz
em meio a gritaria
Busco seu olhar
no caos de gente
louca e alienada.

E então
nossos dias estão
chegando ao fim?
Nosso prazo de
validade está expirando?

Nada com ser eterno
no presente segundo.
Todas as palavras,
todas os minutos
estão gravados.

Passe o mundo,
e que voe tudo.
Entre todas as vozes
de todas as pessoas,
vou procurar.

Mesmo que oque 
possa ser encontrado
seja apenas uma lembrança,
de cinco palavras
Perdidas na minha memória,
de um tempo que
é eterno.

Mesmo que
a felicidade possa ser
apenas um belo
sonho, numa bela noite
escura ou de luar.


Não adianta, oque mais me intriga, oque mais tira o meu sono e ocupa
minha mente é o tal do respeito ao tempo. É até chato e repetitivo, mas
a minha tranquilidade depende disto. Misture este respeito ao tempo, 
com a questão do futuro e do passado, e encontrará uma confusão
louca, que muito me atormenta, mas muito me acalma. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pra te tocar

Até que tudo
vire nada.
Que a rocha
se esfarele.
E o sonho
vire vida.

Pra ver a lua
pra ver a luz,
pro mundo ser
apenas teu e meu.

Pra não ver o tempo
pra te tocar,
até que a chuva
seja transfigurada
pelo paraíso.

Vou a casa tua,
que não sei
se já não é minha
Ao colo teu
que mistura-se ao meu
deixando homogênea
nossa pele e nosso sorriso.


Mais claro que isto apenas a luz da lua cheia no céu visto pela minha janela.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Transposição

Calma, meu caro
Amigo.
Pense, a vida pede mais leveza.
Imagine um mundo perfeito!
Tão ideal quanto nos filmes.
Algo assim pode existir?
Ou é apenas sonho?

Baita atitude é
Ir além dos sonhos!
Raramente isso acontece.
Oque mostra toda a esquizofrenia
Beije a  lona.
Implore por paz
De um passo firme, na terra
Já tão gasta pelas palavras.
Arrisque ultrapassar o mundo das idéias.
Não mude o mundo com os olhos fechados!


Estou tentado brincar com as palavras. Não sei se consigo,
mas é legal. Isto não é oque eu queria escrever hoje, 
meu Aurélio está de mal comigo, e me escondeu tudo
oque poderia traduzir meus sentimentos. Pra não deixar
o vazio tão vazio, algo mais amplo e menos peito aberto!